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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

"UMA PEDRA" NO CAMINHO DE MOISÉS TEIXEIRA

O Rallye Serras de Fafe 2017 marcou a estreia em 2017 do piloto Moisés Teixeira, que partia para esta prova com o objetivo rodar o número de máximo de km em terra, e assim ganhar confiança e competitividade para alinhar nos ralis com o mesmo tipo de piso inseridos no Campeonato Regional de Ralis Norte que pretende disputar em Gondomar e Amarante.

Em Fafe o piloto de Montalegre alinhou com o seu Peugeot 206 GTI, fazendo nesta prova dupla com Ricardo Faria. As primeiras PECs da prova extra (a especial nocturna com passagem dupla no centro da cidade) foram concluídas sem problemas, tendo o piloto assumido que entrou com demasiadas cautelas, fruto também de uma paragem muito prolongada e estar sem ritmo de competição: “Na primeira passagem pela especial, estava com algum receio por estar a estrear pneus de terra em paralelo, e por este motivo perdemos muito tempo. Na segunda passagem já consegui encontrar um ritmo melhor e em apenas 1,8 km foi possível retirar 10 segundos ao tempo anterior…e mesmo assim, poderia ter sido bem melhor.”

Depois um sábado atípico em termos de horários para os concorrentes da prova extra, domingo de manhã a equipa entrou para o seu primeiro cronómetro em pisos de terra, na PEC de Luílhas. Os primeiros kms foram feitos num ritmo de adaptação às condições do troço e ao mesmo tempo a procurar o nível de competição que permitisse recuperar o tempo perdido no dia anterior. Quando finalmente estava a “encontrar-se” com o carro, surge “uma pedra” no Serras de Fafe 2017 para Moisés Teixeira: “Estava a começar a sentir-me em casa quando depois do gancho de Gontim, numa esquerda bastante mal tratada pelos concorrentes anteriores, o carro bateu por baixo numa pedra. Não pareceu ser nada de especial e ainda andámos mais 2 km sem aparentes problemas, mas na subida para o Alto de Morgair começou a cheirar a queimado dentro do carro com bastante fumo. Parámos e vimos que o carro tinha ficado sem óleo na caixa de velocidades, sendo impossível continuar em prova sem danificar de forma irreparável este componente.”  
Segundo o piloto, este abandono precoce foi frustrante, pois além de pretender readquirir ritmo de competição, tinha muita vontade de levar o seu Peugeot até ao final do rali e poder assim desfrutar das melhores PECs de rali do mundo, com os melhores adeptos do mundo! Como nota final, e precisamente sobre os adeptos, depois de ver algumas situações que ocorreram com o público, que podiam ter acabado muito mal, Moisés Teixeira disse: “Este desporto é uma paixão, mas isso não significa que se possa agir de forma irracional. Tal como os pilotos classificam as curvas para as fazer o mais rápido possível e em segurança, também os adeptos devem fazer essas classificações dos locais onde se colocam a ver o rali. Vi muitas fotos e vídeos que foram feitos “a fundo” quando a nota para o local seria “Direita 1 estreita, Muito Perigosa, Não corta, Não abre e Segura bem!!!… Bons ralis, e em segurança acima de tudo! O nosso desporto merece o nosso respeito.”

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