Depois do pódio no Rali de Guimarães, João Barros descobriu uma realidade completamente diferente no Vodafone Rali de Portugal, a sua estreia numa prova internacional. Quarto lugar do CNR e a experiência acumulada nos quatro dias entre as estrelas do WRC formam balanço positivo.
Atual campeão do CPR2 e protagonista do CNR, João Barros não tem dúvidas: “Não há nada que nos prepare para uma prova com as exigências do Rali de Portugal”. O piloto do Ford Fiesta R5 vinha de um resultado positivo na segunda prova do campeonato, em Guimarães, mas a realidade do WRC é completamente diferente e sobretudo para um estreante no evento. “A necessidade de tirar notas para nove troços, a sua extensão – quase todos com mais de 20 km e Santana da Serra chegava aos 32 km -, a chuva que condicionou fortemente os reconhecimentos, tudo isso complicou a nossa adaptação. Um dos grandes problemas foi mesmo o facto dos troços estarem alagados na altura dos reconhecimentos. Quando lá passámos em prova, as notas não batiam certo e isso obviamente tirou-me confiança. Eu só dizia ao Jorge Henriques para nunca se calar!”, brincou João Barros.
Na quinta-feira, na emblemática Super Especial de Lisboa, desenhada em frente ao Mosteiro dos Jerónimos e Centro Cultural de Belém, João Barros foi o piloto mais rápido do Campeonato Nacional, batendo inclusive vários concorrentes do WRC2 com “armas” iguais.
Na etapa seguinte, um furo logo na segunda especial de sexta-feira (Ourique 1) e a falta de confiança para atacar resultaram num quarto lugar nas contas do CNR, cujas pontuações eram atribuídas no final desse dia. Nas etapas de sábado e domingo João Barros já pôde demonstrar a espaços a sua rapidez natural, embora um tubo de óleo rompido tenha deixado o Fiesta R5 a travar apenas em três rodas. “Faço um balanço positivo deste Rali de Portugal porque quando tive tudo em condições, andei nos tempos de pilotos que já fizeram esta prova várias vezes. Mas acima de tudo foi uma aprendizagem incrível, como nunca pensei. Posso dizer que sou mais piloto depois deste Rali de Portugal, a equipa está melhor, mais forte. Espero capitalizar esta experiência no SATA Rali dos Açores, que é outra prova que nunca fiz mas para a qual vou melhor preparado”, concluiu o campeão do CPR2.
Quarta prova do calendário nacional, o SATA Rali dos Açores decorre de 15 a 17 de maio e é pontuável para o Campeonato da Europa de Ralis (ERC).
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