No seu primeiro ano ao volante de um carro de quatro rodas motrizes, João Barros e Jorge Henriques terminaram o Campeonato Nacional de Ralis num positivo terceiro lugar absoluto. Um resultado que poderia ter sido ainda melhor se a mecânica do Ford Fiesta R5 não tivesse obrigado o piloto de Paredes a abandonar quando liderava o Rali de Castelo Branco.
Já se sabe que no desporto automóvel nem sempre os resultados dependem da dupla de pilotos. No Rali de Castelo Branco, a última e bem organizada prova do Campeonato Nacional de Ralis, o Ford Fiesta R5 não permitiu que João Barros chegasse à sua segunda vitória consecutiva em 2014. O piloto da Fibromade entrou muito bem numa prova que já tinha ganho em 2012 e 2013 (ao volante do Renault Clio S1600), vencendo a concorrida Super Especial noturna de sexta-feira e depois mantendo a liderança do rali no primeiro troço de sábado. Só que um problema de eletrónica no Fiesta R5 'calou' o motor na PE3 e o tetracampeão nacional de karting e campeão do CPR2 foi obrigado a abandonar.
“De facto, este problema foi ainda mais frustrante do que o que aconteceu em Guimarães”, comentou João Barros. “Na altura também estávamos na frente do rali mas ainda assim conseguimos terminar no pódio. Em Castelo Branco, estávamos com um bom ritmo, eu sentia-me bem com o carro e ainda por cima tinha começado a chover, condições onde poderíamos tirar vantagem. Só que o motor começou a falhar e depois de um gancho à esquerda desligou-se por completo e já não conseguimos voltar a pô-lo a trabalhar. Enviámos os dados para Inglaterra para a M-Sport, para se tentar perceber o que aconteceu. Pode ser um sensor ou algo ainda mais pequeno mas é muito duro perder um rali onde estávamos fortes e onde iríamos ter mais uma luta acesa com o Zé Pedro (Fontes) e o Porsche, depois da nossa vitória em Mortágua”.
Muito menos experiente do que os pilotos que terminaram à sua frente no campeonato, João Barros mostra-se satisfeito pelo terceiro lugar na época de estreia no principal escalão dos ralis nacionais: “Foi uma época de aprendizagem e não apenas em relação ao carro. Acabámos a temporada com um nível muito bom mas agora quero aproveitar esta experiência para atacar o título em 2015. Espero que tenhamos mais sorte com a mecânica mas vamos continuar a fazer um trabalho profissional e a manter a humildade que sempre tivemos”, concluiu o piloto que venceu em Mortágua e ainda terminou no pódio em Guimarães e no Rali Vinho da Madeira.
Para finalizar, João Barros ainda fez questão de “agradecer às milhares de pessoas que nos apoiaram ao longo do ano e das mais variadas formas, desde as redes sociais até aos troços e parques de assistência. Voltámos a mostrar que os ralis continuam a ser um dos desportos mais populares em Portugal”
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