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segunda-feira, 3 de abril de 2017

JOSÉ CARVALHIDO: FINAL INGLÓRIO NUMA GRANDE MANIFESTAÇÃO DESPORTIVA

A participar pela primeira vez no Rali Ria de Noia, prova disputada na Galiza e pontuável para o campeonato local, José Carvalhido e Nuno Guerreiro ficaram perto de concretizar todos os objetivos com que encaravam este desafio.

A bordo do pequeno Peugeot 106 GTi, a dupla do Alto Minho queria provar as novas soluções técnicas introduzidas na máquina e sobretudo enfrentar um enorme desafio, bastante diferente daquilo a que habitualmente encontram nos ralis em Portugal.
A prova contava com mais de 100 quilómetros de especiais e a especificidade das classificativas galegas, com muita sujidade e asfalto degradado levavam esta dupla a um verdadeiro teste.
Durante a secção matinal e logo na fase inicial do rali, alguns problemas ao nível da admissão deixavam o Peugeot 106 a “soluçar” bastante não permitindo à dupla explorar os rapidíssimos troços desta secção. Aliado a este contratempo, a dupla tinha de percorrer as classificativas já com bastante lama e muita humidade levando também a redobradas cautelas. Ao final da manhã, a dupla ocupava o 67º lugar da classificação geral, numa altura em que estavam classificados 116 concorrentes.
Após a assistência a meio do dia, e com os problemas de admissão já resolvidos pela equipa técnica da Carvalhido Racing Team, a dupla conseguia finalmente rodar no máximo aproveitando o facto dos troços da tarde já se encontrarem secos.
As melhorias não se fizeram esperar e troço após troço Carvalhido e Guerreiro escalavam na tabela de tempos chegando à entrada do derradeiro troço no 50º lugar (entre os 93 classificados). Porém, o último troço viria a ditar um desfecho inglório e frustrante para toda a equipa: “tudo se precipitou quando a cerca de 10 quilómetros do final do rali, uma travagem mais forte numa zona bastante degradada acabou por fazer recuar uma roda dianteira e por consequência, a transmissão saltou impedindo-nos de concluir o rali”, conta-nos o piloto de Viana do Castelo acrescentando que este “Foi o final que ninguém esperava principalmente depois de termos percorrido mais de 100 quilómetros em pura competição sem qualquer percalço além do ligeiro problema com a admissão que tivemos na fase inicial do rali.”
Apesar da grande desilusão que foi o abandono com a meta à vista, José Carvalhido não deixa de destacar “a fantástica experiência que é participar num rali como este. As classificativas são espetaculares e a prova vive um ambiente incrivelmente entusiasta. Ao longo de todas as classificativas era incrível a quantidade de espectadores e podíamos sentir mesmo o seu apoio, desfrutando ao máximo desta experiência. Uma verdadeira manifestação desportiva!
Além disso, pudemos comprovar que as melhorias que efetuamos no carro resultaram em pleno dando-nos agora a possibilidade de explorar um pouco mais as nossas capacidades, portanto o balanço da nossa participação acaba por não ser totalmente negativo”, conclui o piloto.

A equipa olha agora para o futuro e em cima da mesa está a hipótese de alinhar no Rali Rota do Folar, agendado para o dia 15 deste mês. José Carvalhido e Nuno Guerreiro agradecem a todos os patrocinadores pelo apoio e também a toda a estrutura técnica que os acompanhou nesta incursão pela Galiza.

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