A participar pela primeira vez no
Rali Ria de Noia, prova disputada na Galiza e pontuável para o campeonato
local, José Carvalhido e Nuno Guerreiro ficaram perto de concretizar todos os objetivos
com que encaravam este desafio.
A bordo do pequeno Peugeot 106
GTi, a dupla do Alto Minho queria provar as novas soluções técnicas
introduzidas na máquina e sobretudo enfrentar um enorme desafio, bastante
diferente daquilo a que habitualmente encontram nos ralis em Portugal.
A prova contava com mais de 100
quilómetros de especiais e a especificidade das classificativas galegas, com
muita sujidade e asfalto degradado levavam esta dupla a um verdadeiro teste.
Durante a secção matinal e logo
na fase inicial do rali, alguns problemas ao nível da admissão deixavam o
Peugeot 106 a “soluçar” bastante não permitindo à dupla explorar os
rapidíssimos troços desta secção. Aliado a este contratempo, a dupla tinha de
percorrer as classificativas já com bastante lama e muita humidade levando
também a redobradas cautelas. Ao final da manhã, a dupla ocupava o 67º lugar da
classificação geral, numa altura em que estavam classificados 116 concorrentes.
Após a assistência a meio do dia,
e com os problemas de admissão já resolvidos pela equipa técnica da Carvalhido
Racing Team, a dupla conseguia finalmente rodar no máximo aproveitando o facto
dos troços da tarde já se encontrarem secos.
As melhorias não se fizeram
esperar e troço após troço Carvalhido e Guerreiro escalavam na tabela de tempos
chegando à entrada do derradeiro troço no 50º lugar (entre os 93
classificados). Porém, o último troço viria a ditar um desfecho inglório e
frustrante para toda a equipa: “tudo se precipitou quando a cerca de 10
quilómetros do final do rali, uma travagem mais forte numa zona bastante degradada
acabou por fazer recuar uma roda dianteira e por consequência, a transmissão
saltou impedindo-nos de concluir o rali”, conta-nos o piloto de Viana do
Castelo acrescentando que este “Foi o final que ninguém esperava principalmente
depois de termos percorrido mais de 100 quilómetros em pura competição sem
qualquer percalço além do ligeiro problema com a admissão que tivemos na fase
inicial do rali.”
Apesar da grande desilusão que
foi o abandono com a meta à vista, José Carvalhido não deixa de destacar “a
fantástica experiência que é participar num rali como este. As classificativas
são espetaculares e a prova vive um ambiente incrivelmente entusiasta. Ao longo
de todas as classificativas era incrível a quantidade de espectadores e
podíamos sentir mesmo o seu apoio, desfrutando ao máximo desta experiência. Uma
verdadeira manifestação desportiva!
Além disso, pudemos comprovar que
as melhorias que efetuamos no carro resultaram em pleno dando-nos agora a
possibilidade de explorar um pouco mais as nossas capacidades, portanto o
balanço da nossa participação acaba por não ser totalmente negativo”,
conclui o piloto.
A equipa olha agora para o futuro
e em cima da mesa está a hipótese de alinhar no Rali Rota do Folar, agendado
para o dia 15 deste mês. José Carvalhido e Nuno Guerreiro agradecem a todos os
patrocinadores pelo apoio e também a toda a estrutura técnica que os acompanhou
nesta incursão pela Galiza.
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