Calma malta... eu nunca tive um Opel Corsa S2000. O título desta curta história pode induzir em erro os mais distraídos (se bem que podia ter sido literalmente assim: fazer uma viagem de uns 600 quilómetros a bordo de um verdadeiro carro de ralis... não me chateava nadinha!)
Estávamos no ano de 2009, mais concretamente em Setembro. No ano anterior eu tinha tido a sorte e o gosto de ir ver pela primeira vez o então Rali Príncipe das Astúrias (que nos dias de hoje se chama Princesa das Astúrias - viva a igualdade de direitos!) e fiquei encantadíssimo. Quem me conhece um pouco melhor conhece também o meu fascínio por montanhas, e levar um rali às portas dos Picos da Europa, ainda para mais sendo uma prova de cariz internacional... perfeito! Não podia desejar melhor.
Foi um daqueles momentos em que a pessoa pensa: posso não voltar a ter uma oportunidade de ver aquele Corsa "oficial"! Sempre adorei o Corsa e sabia que dificilmente o poderia vir a ver noutra ocasião (como de facto desde então aconteceu, que nunca mais tive essa oportunidade) e portanto se optasse por não ir a este rali iria arrepender-me para sempre.
Não imaginam a ginástica que fiz para me poder fazer à estrada (não imaginam e também não vão ficar a saber porque essa parte não vou contar!) mas a vontade de ver o Corsa era mesmo enorme. Os outros também mas o Corsa...aquele Corsa...
E assim foi, ao final do dia joguei alguns trapos e uma tenda para dentro do meu carro, apanhei os companheiros de aventura e siga que a noite é curtinha. A viagem até lá foi feita quase em modo "eco" sempre a poupar combustível, e demorou de tal maneira que ao chegar à região, não houve outra alternativa que ir direto para o primeiro troço, disputado ainda bem de noite. Tão de noite que o "meu" famoso Corsa passou e mal o vi. Mas o principal estava conseguido, depois de tanto "vou; não vou", depois de tantas dúvidas e de tanto impasse, e depois de uma ginástica monetária digna de ter lugar nos Jogos Sem Fronteiras.
Entretanto o sol veio fazer companhia e no troço seguinte já consegui apreciar em condições aquela máquina magnifica que a MSD desenvolveu e que o Toni Gardmeister pilotou naquele "Príncipe das Astúrias". E confirmo: o carro era mesmo um espanto (embora não muito competitivo). Infelizmente só o voltaria a ver durante a tarde desse mesmo dia, já que no segundo dia de rali já não alinhou devido a acidente.
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