Seríamos uma das 7 equipas a defender as cores da MNE Sport e esse era também um colorido motivador para dar um bom resultado a esta enorme família.
Este é um evento diferente, peculiar, pois dentro do festival motorizado há várias vertentes desde os clássicos ao TT, e claro está um rali… um mini rali, vá… e é neste que me vou concentrar nesta prosa.
Duas pequenas classificativas (Santa Eulália com 3 passagens e a já minha conhecida Garrafinha – que não era a da mini 20cl - com duas passagens) às quais se juntava uma City Stage percorrida por duas vezes a encerrar a competição. Este era o menu proposto pelo Motor Clube de Guimarães para um dia de convívio e competição.
Os trabalhos iniciaram-se com os reconhecimentos e desde logo foi delineada uma estratégia que passava por focar nos detalhes a fim de ter uma maior confiança e à vontade durante a prova para ir de encontro ao que o Telmo desejava já dias antes: tentar um bom resultado, talvez até um brilharete. Ok, vamos trabalhar para isso, foi a minha resposta.
Partimos focados e logo na primeira classificativa senti na pele aquilo que o Telmo queria: voar baixinho!! Não foi uma classificativa perfeita mas não esteve assim tão longe de o ser e o cronómetro comprova-o: sexto melhor registo da classificação geral, terceiros entre os “tração dianteira”. Excelente começo, assim gosto!
Na assistência o pessoal competente atirou-se de mangas arregaçadas ao carro (eu afastei-me para não estorvar) e em pouco tempo a solução para o problema estava encontrada – ou pelo menos na teoria, iria resolver - mas para o comprovar precisávamos de voltar aos palcos da adrenalina.
Seguimos novamente para Garrafinha, troço que nos correu bastante melhor que na passagem anterior e o quinto melhor tempo obtido confirma-o!
Eram apenas duas as décimas de segundo que o nosso perseguidor tinha de atraso para nós e de repente estávamos ali metidos numa luta muito gira daquelas que dão sabor à competição.
Vamos então “com tudo” para a terceira passagem pelo “troço grande” (soa a ironia chamar-lhe grande). Concentração ao máximo para não haver falhas, contagem decrescente e…. eis que o berro saudável do motor da noiva ecoa pelas estradas de Santa Eulália como um pequeno foguete, com o mestre do volante apostado em dar o máximo, e o máximo significa para o Telmo, um verdadeiro recital de condução – a minha vontade era calar-me, fechar o caderno e desfrutar, mas não o fiz. Eu era uma espécie de “man on a mission”, estava ali para ajudar e fiz o melhor que pude para que aqueles 4 quilómetros e pouco ficassem registados. E ficaram!! Graças a uma mega “librada” como dizem os galegos, com a traseira do carro a querer espreitar a frente, mas à qual o bravo piloto respondeu com um contundente “aqui mando eu”, colocando a doida da noiva de novo nos carris! E que troço este! Completamente a fundo, feito mesmo no limite.
Só que não foi suficiente pois a nossa equipa adversária respondeu à sua maneira “limpando-nos” as duas décimas que tínhamos de avanço – aquela dupla anda muito!
Ou seja, a luta que estava a ser gira passou a ser muito gira com um empate à décima de segundo no pódio das 2 rodas motrizes, quando ficavam a faltar as duas passagens pela City Stage. Que comece o rufar dos tambores porque isto é bem melhor que a final da Champions…
Partimos ainda mais focados e concentrados para a segunda passagem deste curto traçado citadino em que a motivação até parecia que crescia em cada curva, dada a multidão que nos brindou com uma presença em massa ao longo deste quilómetro de especial.
Aceleração ao máximo, mais uma acrobacia na rotunda – lá está o efeito dos pneus frios – mas perfeitamente controlada pelo Às do Volante, travagens no limite, trajetórias a aproveitar ao máximo cada centímetro de alcatrão (e às vezes até para lá disso, como o foi no gancho a meio da especial, em que andamos em 2 rodas para poupar pneus) e “em menos de nada” já tínhamos concluído a prova. Espetacular a todos os níveis!
Este foi um resultado que em nada beliscou a sensação fantástica de termos andado ao nível dos mais rápidos e saímos de Vizela plenamente satisfeitos pela nossa prova, objetivos atingidos na perfeição e o tal brilharete que o Telmo já merecia, aconteceu.
Faço-lhe uma vénia e conforme já lhe disse a ele, este pequeno grande rali vai-me ficar na memória por toda a adrenalina e diversão que vivi. Driver, foste para lá de espetacular… vai guiar ao c…!!
Os parabéns igualmente aos nossos bravos colegas de equipa que superaram as inúmeras dificuldades e atingiram o final da prova. Infelizmente nem todas as 7 equipas MNE conseguiram terminar mas às duplas azaradas deixo uma palavra de motivação porque se não correu tão bem agora, na próxima será melhor – o importante é não baixar os braços (nem rasgar o fato da navegadora… certo Eva..?)
E para terminar, porque o texto já vai maior que o rali em si, agradecer ao publico em geral e a todos quantos nos apoiaram ao longo da prova.
Que venha o próximo desafio! Bons ralis…
👏🤗💫🙏🏁😘 Mágico
ResponderEliminarMais uma bela crónica! Parabéns. 👍
ResponderEliminarTop. As crónicas da noiva são sempre cativantes. Éeee 🙂
ResponderEliminar😂👰♂️
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