O Vodafone Rally de Portugal está de regresso ao Norte e a alguns dos cenários míticos onde se escreveu a história da prova, para mais uma edição pontuável para o Campeonato do Mundo de Ralis. A prova foi definida de forma compacta, sendo disputada integralmente na região a norte do rio Douro de 21 a 24 de Maio.
O centro nevrálgico do rali estará sediado no concelho de Matosinhos, nas instalações da Exponor. Ali estará localizado o posto de comando da prova, o centro de imprensa, o parque de assistência onde os veículos de prova serão assistidos duas vezes por dia, o parque fechado, etc… Será também nas instalações da Exponor que terá lugar a generalidade das partidas e chegadas das etapas, que decorrerão as várias verificações administrativas e técnicas, as conferências de imprensa antes durante e após o Rally e muitos outros atos associados a um evento desta dimensão, entre os quais a cerimónia final de consagração dos vencedores do Vodafone Rally de Portugal 2015.
A generalidade das classificativas agendadas para o Vodafone Rally de Portugal 2015 apresenta excelentes pisos, em resultado do envolvimento e do esforço das Câmaras Municipais, entidades que se têm constituído como verdadeiros parceiros da organização, realizando um trabalho meritório de reabilitação dos caminhos, do qual o rali será sem dúvida o primeiro beneficiário, mas que aproveitará posteriormente a todos os utilizadores, quer os residentes na zona, quer os turistas que, com as novas estruturas viárias, poderão apreciar devidamente algumas das mais belas regiões do País.
Com uma extensão total de 1529 km, dos quais mais de 354 km competitivos, distribuídos por 16 provas de classificação, a próxima edição do Vodafone Rally de Portugal será uma prova contemporânea, compacta, adaptada às expectativas da FIA, do promotor e dos participantes, mas disputada numa região de grande beleza, intimamente ligada à história e ao prestígio do rali e facilmente acessível aos muitos milhares de entusiastas da modalidade, portugueses e estrangeiros.
O Rally de Portugal constitui para as regiões em que se desenrola, não só um excelente veículo de promoção turística, mas também uma importante fonte de receita.
De facto, o Vodafone Rally de Portugal tem sido, desde 2007 e de forma consolidada, o acontecimento desportivo com maior retorno económico para o nosso país depois do Euro 2004.
Prova disso são os 606,7 milhões de euros de impacto económico total gerado pelo Vodafone Rally de Portugal desde 2007, através da divulgação da imagem do País a nível internacional pela imprensa em geral, e pelas várias televisões internacionais em particular, bem como pela despesa direta gerada pelos milhares de espectadores que seguem esta modalidade.
Segurança: Rally é nas Zonas Verdes
É expectável que a mudança de cenário do rali acarrete um significativo aumento do número de espectadores que acompanham a prova o que, sendo em si mesmo um dado positivo, implica preocupações e cuidados adicionais em termos de segurança.
Sendo verdade que a palavra de ordem em 2001 era manter os espectadores fora da estrada, numa tentativa nem sempre conseguida de libertar a faixa de rodagem para os veículos de prova , a consciência dos riscos envolvidos nesta atividade é hoje muito mais aguda, do mesmo modo que é muito clara a visão atual sobre a forma como lidar com esta questão.
Como princípio geral, os espectadores são bem-vindos aos ralis WRC, mas a sua presença só é permitida, tal como acontece por exemplo num estádio de futebol, em locais escolhidos pela organização em função de critérios como acessibilidade, visibilidade, espetacularidade e segurança, locais esses previamente preparados para os receber e divulgados sob a designação de Zonas Espetáculo.
Ao invés, todas as restantes zonas de uma prova de classificação são consideradas como «no-go areas» e, como tal, nelas é interdita a presença de público.
“Na minha época, era possível viver o espetáculo à beira da estrada; atualmente, é imperioso respeitar as novas regras de segurança se quisermos que o WRC continue a viver e a manter-se no Norte de Portugal.
Respeite escrupulosamente as zonas que lhe estão reservadas: a sua vida é mais importante que o Ralli!” – palavras de Michèle Mouton, actual WRC Rally Manager na FIA, que atestam bem do impacto que o desrespeito das normas de segurança por parte dos espectadores podem ter para o Vodafone Rally de Portugal.
Para que o público possa identificar com maior facilidade as áreas que lhe estão destinadas, todos estes os espaços estarão claramente assinalados e delimitados com materiais de cor verde; este é o conceito que dá origem a uma campanha de comunicação que é hoje lançada pela primeira vez em conjunto com a apresentação oficial do Rally.
A presença de espectadores em zonas não previstas para o efeito poderá ter como consequência imediata a anulação da classificativa, por ordem do diretor de prova ou do delegado de segurança da FIA, com os inevitáveis prejuízos que tal decisão acarreta para todos os intervenientes no processo. Nomeadamente, um prejuízo desportivo uma vez que o Rally será amputado de uma classificativa o que, por seu turno, representa também uma degradação da imagem da prova, com consequências potencialmente negativas para o futuro do Rally no WRC.
Por mérito próprio, o Vodafone Rally de Portugal ocupa hoje uma posição de referência no quadro do Mundial de Ralis em todos os aspetos da organização da prova e, em particular, no que respeita à segurança.
O regresso do Rally ao Norte do País tem de constituir um trunfo adicional para o prestígio da prova e não um motivo para que a sua continuidade no WRC possa ser posta em causa.
Contamos com todos para que o Vodafone Rally de Portugal seja cada vez mais um sucesso e, para isso, nunca é demais recordar a mensagem de rodapé da campanha de segurança hoje apresentada:
A permanência do Rally de Portugal no Campeonato do Mundo é responsabilidade de todos!
*comunicado ACP
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