Realizou-se nos passados dias 23 e 24 de Setembro a Rampa de Santa Luzia 2017. Escolhi este evento para me estrear ao volante de um carro de competição, uma vez que estava na altura certa de voltar após uma enorme paragem devido ao meu acidente no rali de Ourém em 2016. Sem pressão e sem cronometragem, este evento era o ideal para recuperar a confiança e perder o receio de voltar a sentir a adrenalina de um carro de rali. As expetativas em relação à minha prestação eram baixas e o objetivo passava por realizar as subidas sem percalços e devolver o carro inteiro ao meu namorado.
Fui desde logo surpreendida pelo telefonema para realizar as subidas noturnas, mas aceitei o desafio sem hesitar, apesar do muito nervosismo. Um percurso desconhecido, em piso escorregadio e paralelo e à noite eram os ingredientes principais para me deixar assim. Chegada à zona de arranque, fiquei muito agradada por ver o público que ali se encontrava e este sentimento aumentava ao longo da rampa. Na verdade nada que me surpreenda, não estivéssemos nós a falar de uma rampa com carros míticos e na zona norte do pais, onde os aficionados pelo desporto automóvel são imensos.
Nas subidas noturnas diverti-me imenso e abriu-se o apetite para o dia seguinte. Infelizmente, as condições climatéricas não foram favoráveis no Domingo. Realizamos as subidas de baixo de chuva e o piso tornou-se ainda mais escorregadio. Assim, a diversão foi acompanhada por uma enorme cautela e o objetivo passou por proporcionar aos meus convidados uma sensação diferente e espero que boa.
Quero dar os parabéns a toda a organização da rampa pelo trabalho realizado e a todos os participantes pelo desempenho exemplar. O meu desejo é que esta rampa em modo “revival” nunca se perca.
Não posso terminar sem agradecer a todos os que me incentivaram a concretizar o meu sonho, ao meu namorado pela cedência do carro e por o colocar nas minhas mãos nas melhores condições, à minha família e ao Miguel Castro pelo apoio incondicional. Quero também agradecer a todos os que estiveram comigo neste tempo de recuperação, porque sem eles, não teria as forças para o fazer. Termino com o desejo de voltar ao volante, já no próximo ano num rali e com a certeza que voltarei à Rampa de Santa Luzia.
*por Diana Soares
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