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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

João Silva em entrevista



1-Que balanço faz da temporada de 2012? 
A época de 2012 ficou marcada pela minha estreia a nível internacional com a entrada na WRC Academy, o que só por si me deixou muito satisfeito. Obviamente que nem tudo correu na perfeição, mas tendo em conta a oportunidade e as condições que tive, dei sempre o meu melhor e aprendi imenso. 

2-Competir em 2 campeonatos tão distintos como o CPR 2L e a WRC Academy. Que diferenças encontra entre as 2 competições? 
São campeonatos muito diferentes, ainda que igualmente limitados a viaturas de duas rodas motrizes. A WRC Academy é uma espécie de troféu monomarca internacional, onde partilhamos a mesma estrutura técnica com todos os pilotos e temos acesso a carros e materiais equivalentes. Paralelamente temos formação em diversas áreas que são importantes nos ralis, o que nos ajuda imenso. É uma mais valia na nossa evolução rumo ao topo dos ralis. As provas são de uma dureza extrema, com mais do dobro dos quilómetros do CPR2, mas com reconhecimentos e testes muito mais limitados. Já o CPR2 é um campeonato com provas bastante mais curtas, disputadas intensamente também, mas menos exigentes por natureza. Os ralis são disputados com um carro e equipa à nossa escolha e actualmente apenas contra pilotos nacionais. Bem diferente é a WRC Academy, onde se concentram quase exclusivamente os melhores jovens pilotos de cada país. 


3-Torna-se mais aliciante para si competir contra os melhores pilotos portugueses no CPR ou competir na WRC Academy contra jovens pilotos em condições iguais e carros semelhantes? 
São ambos projectos muito aliciantes, se em ambos os casos tivermos condições equivalentes para competir abertamente contra os melhores pilotos de cada campeonato. Ainda não tive a oportunidade de competir com condições iguais contra os melhores pilotos do CPR, mas é um dos meus objectivos no futuro. Já a aposta na WRC Academy deu-se numa fase onde eu procurava continuar a aprender e a evoluir de acordo com as minhas possibilidades, e que é consequência de ter explorado ao máximo todos os recursos ao meu dispor em Portugal, que como sabem culminou com a conquista dos títulos das duas rodas motrizes, quer na Madeira, quer a nível nacional, aos comandos do Renault Clio R3. 

4-Quais o ponto alto e o ponto baixo da tua época 2012? 
Olhando para trás houve muitos momentos difíceis e marcantes, mas consegui sempre superá-los. Considero o abandono a meio da época o ponto mais baixo, pois apesar de valor do projecto e da minha evolução não consegui reunir condições para mantê-lo na actual conjuntura económica e social. Já o ponto mais alto, acho que foram todos os momentos vividos com intensidade e paixão nesta aventura, como muita energia e motivação para dar o melhor. Também destaco todas as lições aprendidas ao longo do ano, quer como piloto, quer como pessoa. 

5-Se tivesse de destacar um rali nacional e um rali mundial, quais destacaria? 
Vou destacar um 2 em 1, ou seja, o Rali de Portugal. É uma prova espectacular, muito dura e muito aliciante desportivamente. A organização é fora de série, e o mediatismo e interesse que envolve a prova, com a presença de milhares e milhares de adeptos em todo o lado, faz-nos sentir emocionados pela paixão que se vive em torno deste desporto. O mesmo se repete no Rali Vinho da Madeira e no Sata Rallye Açores, mas com outra escala naturalmente. 

6-Projetos para 2013? 
Vou competir no campeonato da Madeira novamente, após uma ausência de 2 anos. É o regressas às origens, numa altura em que a contenção de custos é vital, e os nossos sonhos são condicionados pela conjuntura económica. Contudo estou muito motivado pela aceitação que o meu projecto está a ter na Madeira, o que significa que o meu regresso era aguardado por todos aqueles que me viram crescer como pessoa e piloto. Quero também aproveitar para promover e justificar ao máximo o investimento dos meus patrocinadores, todos eles madeirenses, esperando por uma melhor oportunidade para continuar a representar a Madeira e Portugal a nível internacional. 


7-Como vê a nova regulamentação para os ralis nacionais com a junção do CPR e do Open? Acha que pode ser uma solução para o renascimento da modalidade? 
Claramente que não há espaço para dois campeonatos nacionais em Portugal. Não pode haver um campeonato nacional de primeira divisão e um de segunda divisão. Para mim era essencial promover o CPR como o maior e o mais importante campeonato em Portugal, e depois promover paralelamente os diversos campeonatos regionais que serviriam de embrionário de pilotos para o CPR. Seguindo o mesmo raciocínio, que por vezes é ignorado, o CPR devia ser a par com os restantes campeonatos nacionais dos outros países a rampa de lançamento para o campeonato da Europa e consequentemente do mundo. Só assim se poderá fazer bom desporto em Portugal, caso contrário não. Também acho que devia haver uma clara distinção entre os pilotos que se querem submeter às mais duras e exigentes regras da competição, com o objectivo de se tornarem “olímpicos”, daqueles que apenas querem praticar este desporto pelo puro prazer da condução e do entusiasmo natural de um fim-de-semana de corridas. Só assim será justo para todos os envolvidos neste desporto, pois o futuro de uns não deve condicionar o futuro dos outros, e não deve haver vergonha em aceitar a nossa condição enquanto atletas. Considero também que há lugar para uma classe turística nos ralis regionais e mesmo nacionais, onde os preços seriam mais baixos, as exigência menores a todos os níveis, permitindo a entrada e permanência de diversos pilotos com menos recursos e/ou motivações, e que naturalmente possibilitaria o surgimento de novos valores para o escalão mais exigente da competição. 

8-Para terminar, quer deixar alguma mensagem ou agradecimento em especial? 
Quero aproveitar para agradecer a todos aqueles que sempre me têm apoiado das mais variadas formas, e a todos os meus patrocinadores, na pessoa do meu pai, pois sem ele, e sem os muitos outros pais deste país, podem crer que não haveria renovação de atletas nem futuro para os ralis. 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

JOÃO SILVA QUER VENCER DE NOVO EM MORTÁGUA


O Rali de Mortágua, sétima etapa do Campeonato de Portugal de Ralis, realiza-se esta Sexta-feira e Sábado, com organização do Clube Automóvel do Centro que propõe uma prova com 92 quilómetros de especiais cronometradas, com João Silva e Hugo Magalhães a marcarem presença depois do percalço de há um mês na Marinha Grande onde terminaram fora de estrada.
A dupla da FX Team está bastante motivada para este rali, até porque se trata de uma prova que conhecem bem e onde João Silva  já demonstrou estar bastante à vontade.
“Vamos marcar novamente presença no Rali de Mortágua, prova que é do meu agrado, e onde venci no ano passado a categoria de duas rodas motrizes (CPR2). Trata-se de um rali muito rápido, o que se pode revelar prejudicial para o Clio R3 – em algumas zonas é muito sujo e técnico, pelo que acredito ser possível equilibrar o favoritismo inicial das viaturas com motores turbo.”
“Do ponto de vista desportivo, ao não participarmos nas primeiras duas provas do calendário, e com a desistência no Rali do Centro, perdemos quaisquer aspirações a um bom resultado no final do campeonato, pelo que agora só nos resta pensar prova à prova. O nosso objectivo é vencer o CPR2 neste rali, mantendo o ritmo competitivo e praticando os reconhecimentos limitados, salvaguardando a necessária aprendizagem para outros voos.”
“O nosso carro está novamente operacional, após um excelente trabalho da ARC Sport, e hoje (quinta-feira) já o encontrei a 100% nos testes que realizamos em Aguiar da Beira e espero que assim se mantenha durante todo o rali. A sensação de participar numa prova sem estar a lutar por algo maior, não é a melhor, mas vamos tentar abstrair-nos disso e dar o nosso melhor como sempre.”
João Silva não tem por hábito esconder que por detrás do atleta, está um fervoroso adepto da modalidade e voltou a apelar à participação do público em torno de mais esta organização – “Os ralis em Portugal precisam de toda a gente, pelo que peço a todos os adeptos que aproveitem o facto deste rali estar a meio caminho de todo o lado, para comparecerem em massa, alimentando a festa que devia ser uma realidade em todos os ralis do campeonato nacional.”
O Rali de Mortágua arranca esta Sexta-feira à noite com a realização de uma super-especial nocturna, e no Sábado propõe mais seis provas especiais de classificação, terminando em Mortágua por volta das quatro da tarde de Sábado.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

JOÃO SILVA DE REGRESSO AO NACIONAL DE RALIS

João Silva e Hugo Magalhães, a mais jovem dupla internacional portuguesa, vai estar no próximo fim-de-semana à partida do Rali Centro de Portugal, num regresso ao Campeonato de Portugal de Ralis, depois da uma proveitosa incursão pela FIA WRC ACADEMY. 
O Campeão Nacional em título das duas rodas motrizes, João Silva, realizou as primeiras três provas da Campeonato do Mundo de Ralis destinado a jovens pilotos, e ainda que numa progressão notória viu-se obrigado a abandonar antecipadamente as lides mundialistas por falta de verbas. 
Desta forma e com o desejo de continuar a competir no remanescente da época, o piloto direccionou o seu projecto para o CPR2, competição que dominou brilhantemente na época passada. 
Partindo motivados para vencer as restantes três provas deste campeonato, a dupla da FX TEAM sabe que a revalidação do título não dependerá apenas deles – pois falharam as duas primeiras provas –, pelo que o principal objectivo será por em prática toda a experiência acumulada na FIA WRC ACADEMY, sem pressão pelos pontos, convictos que um passo atrás poderá cimentar um futuro passo em frente.
João Silva justifica da seguinte forma esta sua opção – “Fomos pioneiros e audazes ao embarcar na WRC Academy, mas infelizmente não conseguimos reunir parceiros suficientes para manter a nossa aposta na academia. A crise tem-nos afectado a todos os níveis, pois apesar de ser europeia, tem forte incidência em Portugal e na nossa economia. Ainda assim não quero deixar de competir e construir uma carreira sólida ao mais alto nível, pelo que decidi regressar ao CPR2, novamente aos comandos do Renault Clio R3, assistido pela ARC Sport e com o Hugo ao meu lado.”
“Vamos contar com a fiabilidade e competitividade do nosso carro para tentarmos vencer as restantes provas, ainda que por nossa opção estaremos limitados no número de pneus a utilizar, e a gasolina comercial apenas. Estes factores vão limitar a performance do carro, mas tencionamos ultrapassar estes handicaps com os novos métodos de trabalho que aprendemos na academia. Vamos naturalmente limitar os nossos reconhecimentos a duas passagens por troço. Assim seremos obrigados a dar 110%, reduzindo custos, mantendo um plano de evolução continua que nos permita estar melhor preparados para um futuro projecto internacional. ”
“Vamos regressar com a consciência de que é possível conquistar novamente em 2012 as duas rodas motrizes. As três provas que faltam, foram ralis que venci no ano passado, e com a experiência adquirida este ano seguramente que me vou apresentar mais competitivo e como um forte candidato à vitória, isto apesar da forte concorrência que nos espera, e a qual estou desejou-se de enfrentar. Creio que será interessante de seguir a luta pelo CPR2 já nesta próxima prova, e ver onde nos situaremos após um longo período de ausência.”
Novamente ao lado da FX TEAM estarão os principais patrocinadores da equipa, nomeadamente a FX HOTELARIA, a CONSTRUART, a SFU, a SOFF e a LABORIAL.
O Rali Centro de Portugal disputa-se este Sábado na região da Marinha Grande, e terá seis especiais de classificação num total de 101 quilómetros cronometrados, com a estreia de 3 novas variantes das especiais já disputadas na edição passada, incluindo os famosos troços nocturnos de São Pedro de Moel. 


domingo, 2 de setembro de 2012

JOÃO SILVA BRILHOU EM AGUIAR DA BEIRA

João Silva e Hugo Magalhães venceram a categoria de duas rodas motrizes no Rali de Aguiar da Beira, e foram terceiros da classificação geral. 
Apenas Ricardo Moura e Adruzilo Lopes ficaram á frente do jovem piloto madeirense que não quis deixar de marcar presença neste rali, que para além da vertente desportiva, pretendia igualmente homenagear a estrutura local ARC Sport, celebrando os seus sucessos desportivos mais recentes no panorama automobilístico nacional, reunindo um lote muito interessante de pilotos e viaturas numa prova que se revelou muito interessante.
Desde o arranque do rali que se desenhou o pódio final com estas 3 equipas a liderarem de forma consistente, e com o cronómetro a marcar as distâncias para os restantes concorrentes.
João Silva afirmou no final que “foi um prazer enorme voltar para junto da equipa da ARC e regressar ao volante do Clio R3 depois de 10 meses de interregno. Adaptei-me muito facilmente e o mais importante foi a forma como decorreu o rali e a posição que obtivemos, pois tenho a plena consciência que evoluímos muito neste período em que estivemos na WRC Academy.”
“Encaramos este rali como se fosse uma prova do mundial, realizando apenas duas passagens de reconhecimento em cada classificativa, que para nós eram totalmente desconhecidas, e sentimo-nos muito á vontade durante a prova, e conseguimos desde logo andar ao nível do que fizemos no passado no CPR, embora agora com muito menos esforço, e de forma mais natural, embora pudéssemos ter sido ainda mais rápidos dado que nem sequer utilizamos pneus novos ou gasolina especial.”
“Quero também deixar uma palavra de agradecimento especial para o meu navegador, o Hugo Magalhães, que tem sido fantástico no trabalho da equipa até este momento, revelando-se como uma muito boa aposta e me tem ajudado a atingir os meus objectivos.” 
O piloto da Madeira revelou igualmente que se encontra ainda a trabalhar para procurar viabilizar a sua presença nas duas provas restantes da WRC Academy deste ano.